segunda-feira, 22 de março de 2021

Porque recuso ser vacinado contra o coronavírus e porque considero a pandemia uma fraude

"Na grande mentira há sempre uma certa força de credibilidade; porque as grandes massas de uma nação são sempre mais facilmente corrompidas nos estratos mais profundos da sua natureza emocional do que conscientemente ou voluntariamente; e assim, na simplicidade primitiva das suas mentes, caem mais facilmente vítimas da grande mentira do que da pequena mentira, uma vez que elas próprias contam frequentemente pequenas mentiras em pequenos assuntos, mas teriam vergonha de recorrer a falsidades em grande escala.

"Nunca lhes viria à cabeça fabricar mentiras colossais, e não acreditariam que outros pudessem ter o descaramento de distorcer de forma tão infame a verdade. Mesmo que os factos que o provam possam ser trazidos claramente à sua mente, continuarão a duvidar e vacilar e a pensar que poderá haver alguma outra explicação. Pois a mentira grosseiramente despudorada deixa sempre vestígios, mesmo depois de ter sido pregada, um facto que é conhecido por todos os mentirosos peritos neste mundo e por todos os que conspiram em conjunto na arte de mentir." (Adolf Hitler, especialista na mentira de Estado e na indústria da morte, in Mein Kampf, vol. 1, Cap. X.)


Em Portugal, como na Europa e em grande parte dos países, a atmosfera pública degradou-se desde que, depois do primeiro confinamento, as pessoas começaram a aperceber-se de que há algo pegajoso na pandemia. Algo mais do que um vírus: uma relação ambígua, insidiosa entre, por um lado, a progressão dos números de “casos” e de mortes e, por outro lado, as medidas políticas que, primeiro, nos pareceram insuficientes, e agora parecem cada vez mais opressivas, intermináveis e arbitrárias. 

Os números e as notícias avulsas desenham uma situação difícil e ameaçadora à qual as medidas de saúde pública se apresentam como uma resposta. No entanto, no quotidiano e entre as nossas relações, é-nos mais difícil identificar a pandemia das televisões. Não a pandemia das restrições à liberdade, dos negócios fechados, do isolamento forçado e dos olhares inquietos que nos espreitam por cima das máscaras na rua. Essa impõe-se-nos até à náusea. Mas a dos mortos e dos internados de uma epidemia desenfreada que, curiosamente, parece ter eliminado ou reconvertido todas as gripes e, provavelmente, muitas outras causas de doença e de morte. Afinal, em Portugal como no mundo, a mortalidade global teima em não se afastar drasticamente das médias precedentes, não obstante todos os cuidados médicos suspensos, atrasados e perturbados durante o último ano, a contracção económica e um desânimo colectivo de que não há memória.

Algo cheira definitivamente mal em toda esta situação. Se a pandemia é viscosamente política, a imagem salvífica da seringa vacinal é-o ainda mais. Há vários meses que a veemência de uma narrativa cujos limites são cada vez mais estreitos e rígidos já não consegue esconder a presença de uma censura omnipresente. A censura não se exerce apenas nos meios de comunicação social ou nas redes sociais pesadamente “moderadas,” como agora se chama à coisa, mas entre as pessoas comuns. Estas começam a olhar-se entre si através das lentes implicadas nesses termos perigosos que são os “covideiros,” que concordam com, ou se submetem à, narrativa oficial; e os “negacionistas,” esse termo abjectamente recuperado da designação dos revisionistas que, desde os fins dos anos 80 e até aos princípios deste século, colocaram em causa, sem grande sucesso, a realidade da exterminação dos Judeus pelos nazis. Saturada de malevolência, esta palavra serve agora para injuriar e descreditar, sem esforço, quem coloca em causa a realidade ou até a dimensão e a gravidade da pandemia.

Muitos dos “negacionistas” também são declinados, em desabono da sua integridade intelectual, como “conspiracionistas” ou “complotistas.” Estes constituem um grupo igualmente vasto que vai desde os cultores de teorias exóticas sobre forças alienígenas ou metafísicas que controlam a história humana até — a considerável distância dos primeiros — àqueles que questionam as boas intenções públicas de políticos e de grandes mecenas; que inquirem sobre questões desconfortáveis como certas relações pessoais, fluxos de capital, padrões estatísticos dissonantes e decisões políticas suspeitas; que se interrogam acerca da convergência entre eventos públicos inesperados e os interesses financeiros e/ou ideológicos de indivíduos poderosos; e que escrutinam a emergência de fenómenos colectivos que, quando olhados nos seus detalhes, parecem ter pés narrativos de barro, por assim dizer, como é o caso da presente pandemia. 

Ou “pandemia,” entre aspas, devo escrever, uma vez que eu próprio sou situável nesse grupo vasto onde outros incluem aqueles que, como eu, colocam em causa a dimensão e a gravidade da “pandemia.” Parece-me, aliás, que categorias como “negacionista” e “complotista” não têm outro propósito que não o de reduzir, por contágio simbólico, à condição de homens de palha ignaros e irracionais, todos aqueles que questionam de forma crítica a narrativa oficial.

Foi por acidente que acabei por empreender a redacção do texto que se segue. O meu objectivo inicial era o de redigir sucintamente uma lista com as razões pelas quais recuso ser vacinado contra o COVID-19. Desejava preparar-me para articular serenamente, numa conversa ou em resposta a uma questão, os factos e as razões em que assenta a minha posição relativamente à vacina e à pandemia, e assim contribuir para elevar-nos, o meu interlocutor (quem quer que seja) e eu, acima das oposições degradantes entre os estereótipos referidos. 

Se ainda pude articular sucintamente as duas primeiras razões da minha lista, meramente circunstanciais e secundárias no cômputo geral das coisas, rapidamente compreendi que a complexidade da questão era indissociável da compreensão da natureza da “pandemia,” e que os aspectos problemáticos e, na verdade, altamente suspeitos da “pandemia” e das “vacinas” — à volta das quais as aspas também são, infelizmente, de rigor — me obrigavam a explorar detidamente um certo número de temas.

Foi assim que comecei por notar que que os fabricantes obtiveram dos Estados a isenção da responsabilidade legal por danos à saúde e mortes causados pelas vacinas. Este privilégio já fora solicitado e obtido pontualmente no passado, entre certos fabricantes e certos Estados. Mas nunca se apresentou de forma tão sistemática e universal como agora. Ora, se as vacinas fossem geralmente seguras, porque razão os fabricantes necessitariam desta isenção? Porque é que eu aceitaria que me injectassem uma substância quando o seu fabricante exigiu não ser responsabilizado pelos efeitos adversos da mesma?

Uma outra objecção de prima facie reside no facto de que uma parte dos contratos entre a UE e os fabricantes de vacinas é secreta e nem sequer é revelada à comissão do Parlamento Europeu cuja função é fiscalizar as finanças da Comissão Europeia. Porque é que eu aceitaria ser injectado com uma substância cuja venda foi objecto de um acordo secreto? Qual é o conteúdo do segredo? Tem alguma relação com os efeitos potenciais ou com os riscos da vacina?

O precedente de uma vacina da GlaxoSmithKline contra a gripe suína de 2009 (H1N1) leva-nos, mais do que à cautela, à desconfiança fundamentada. Falo da Pandemrix. Como aconteceu com o SARS-CoV-2, também o H1N1 foi rodeado de muita histeria. Também se verificou a fabricação à pressa de vacinas e a compra massiva de lotes das mesmas por vários países. Todavia, na altura não estava montado um aparelho de repressão e de propaganda comparável ao que foi imposto em 2020 e 2021. Diferentes pessoas puderam exprimir publicamente objecções à rapidez insólita com que a nova vacina foi fabricada e à presença de certos ingredientes, como o escaleno, na sua composição. Na altura, o discurso dos críticos não foi tão severamente limitado, censurado ou suprimido, como acontece hoje. Não havia, por exemplo, fact-checkers capazes de impor um carimbo de rejeição pública, excluindo assim (frequentemente mediante o uso de falácias grosseiras) factos e argumentos inconvenientes do debate público. As redes sociais também não estavam dotadas de censores (“moderadores”) e de dispositivos algorítmicos de supressão de mensagens ou de ligações a páginas com informações contrárias à narrativa oficial. Finalmente, também não foi usado a grande escala um mecanismo de testagem capaz de aumentar ou diminuir arbitrariamente os números de casos e de mortes atribuíveis aos vírus, como é o caso, presentemente, do teste PCR, pouco fiável acima de 25 ciclos, mas que tem sido utilizado, em geral, até aos 40 ciclos, e em alguns casos até aos 45 ciclos (mas este é um assunto que abordaremos mais adiante). A vacina acabou por ser em grande medida rejeitada pelo público, pouco convencido da gravidade da pandemia de H1N1, para o que muito terá contribuído um político de rara estirpe, o médico e parlamentar alemão, Dr. Wolfgang Wodarg, mais preocupado com o interesse público do que com o lobby vacinal. Ainda assim, na Europa do Norte, um número estimado de 1300 pessoas, essencialmente crianças e jovens, contraíram narcolepsia, uma condição crónica altamente debilitante, em consequênciada inoculação com a Pandemrix. Na Irlanda, onde, como noutros países, a multinacional farmacêutica está protegida por um contrato de isenção de responsabilidade, ainda recentemente foram acordadas indemnizações, conferidas pelo Estado, a oitenta e seis vítimas, depois de um primeiro acordo que serviu de modelo. As autoridades de saúde de diferentes países recusaram durante anos reconhecer o laço de causalidade entre a administração da vacina e os casos de narcolepsia. A GlaxoSmithKline continua a negar que a Pandemrix tenha tido um papel causal específico e culpa agora o vírus, não obstante os dados estatísticos apontarem para uma prevalência substancialmente maior da doença entre as crianças vacinadas com a Pandemrix, e um estudo ter estabelecido a associação entre a vacinação com a Pandemrix e a presença de anti-corpos que atacam o receptor de um tipo de neurónios importante na regulação do sono e cuja destruição será responsável pela doença crónica. O receptor em causa assemelha-se a uma proteína do H1N1 presente na Pandemrix em concentrações muito mais elevadas do que numa outra vacina (Focetria) usada na altura para o mesmo vírus e que não suscitou o mesmo problema. Esta questão da reactividade cruzada causada pela semelhança entre o antígeno viral e uma molécula do tecido do hospedeiro leva-nos ao ponto seguinte. Antes, todavia, gostaria apenas de sublinhar uma importante lição a retirar do caso do Pandemrix e da “pandemia” do H1N1: o pânico — induzido pela autoridades sanitárias e políticas, prontamente assistidas pelos meios de comunicação social — facilita o rápido desenvolvimento, aprovação e distribuição de vacinas, mas a relação entre estas e os efeitos adversos e as mortes que delas resultam é muito difícil de provar, muito particularmente em cada caso singular, onde uma pluralidade de causas possíveis pode ser retoricamente invocada enquanto, nos bastidores, o dinheiro e a influência esmagam qualquer veleidade de verdade e justiça.


O problema das vacinas contra os coronavírus

Há décadas que a ciência e a medicina conhecem os coronavírus. Há décadas também que existem vacinas contra os vírus da influenza mas não contra os coronavírus. No século XXI, envidaram-se esforços para o desenvolvimento de vacinas contra os coronavírus associados ao SARS (2003, SARS-CoV) e ao MERS (2012, MERS-CoV). Todavia, estas tentativas nunca ultrapassaram os testes animais. As vacinas desenvolvidas pareciam produzir uma resposta imunitária robusta. No entanto, quando os animais eram expostos ao vírus, seguia-se uma reacção imunitária exacerbada, também conhecida como “antibody-dependent enhancement (ADE),” que levava a sérios danos ou à morte. Em consequência, os testes para a criação de vacinas contra o SARS-CoV e o MERS-CoV nunca ultrapassaram a fase animal — e isto independentemente da “plataforma”: a tradicional (com o vírus inactivado ou proteínas do mesmo) ou a genética (que introduz fragmentos de ADN ou de ARNm víricos nas células do sujeito que, por sua vez, aí instruem a fabricação de partes do vírus).

É que o problema não residia na plataforma, mas sim no facto de o SARS-CoV, assim como o MERS-CoV, terem muitas semelhanças moleculares com proteínas presentes em animais e humanos. O mesmo se passa com o SARS-CoV-2, e muito particularmente com a sua proteína-pico — como de resto já tinha acontecido com a proteína-pico do SARS-CoV, usada nos testes que manifestaram a morbilidade e a mortalidade acrescida nos animais vacinados. Pior ainda, de acordo com o estudo conduzido por J. Lyons-Weiler, mais de uma em cada três das proteínas do SARS-CoV-2 capazes de suscitar uma reacção imunológica apresenta homologias (semelhanças estruturais) problemáticas com proteínas importantes no sistema imunológico adaptativo humano.

Tudo isto aponta para a possibilidade da ocorrência da referida reactividade cruzada entre a proteína-pico do SARS-CoV-2, utilizada como antígeno nas diferentes vacinas, e proteínas presentes em diferentes tecidos do corpo humano, muito particularmente quando o sujeito vacinado for exposto naturalmente ao SARS-CoV-2, tendo como consequência uma reacção imunitária exacerbada comparável à observada nos testes animais das vacinas para o SARS-CoV e para o MERS-CoV. Dadas as grandes semelhanças entre os diferentes coronavírus e, muito particularmente, entre as respectivas proteínas-pico, não é de excluir que a exposição a um dos quatro coronavírus comuns possa desencadear efeitos semelhantes. 

Sem dúvida por causa da pressa atribuída à suposta urgência pandémica, mas talvez também por outras razões menos claras, os testes animais das vacinas actualmente em distribuição foram bastante limitados, pelo que a aparente ausência de reacções imunitárias exacerbadas quando os animais foram expostos ao vírus algumas semanas depois de inoculados com “vacinas” ARNm (Pfizer e Moderna), que demoram tempo até surtirem todo o seu efeito, não constitui uma garantia satisfatória.

Acresce que os testes em humanos foram conduzidos durante escassos meses, num contexto de grandes restrições de contacto destinadas a reduzir a circulação do SARS-CoV-2. Ora, as vacinas estão a ser administradas nesse contexto protector, o que não impediu que, em diferentes países, ocorressem vários casos, pouco noticiados, de um número elevado de mortes em lares, pouco depois da vacinação. Para além disso, os quatro coronavírus comuns são sazonais, e estamos a entrar numa época de menor circulação (Primavera e Verão). Estas circunstâncias são verdadeiramente trágicas, uma vez que, com a ajuda da supressão noticiosa dos numerosos casos de mortes e danos físicos na sequência da inoculação, tem sido possível manter a aparência de inocuidade da vacina e continuar a aumentar o número de pessoas vacinadas. Quando o Outono chegar e os coronavírus correntes voltarem a circular mais intensamente, como sempre acontece, qual será a magnitude dos fenómenos de reactividade cruzada e de resposta imunológica agravada entre a população vacinada ? E como reagirão as autoridades políticas e sanitárias e os media? Admitirão a relação entre as “vacinas” e os problemas de saúde emergentes? Ou atribuirão estes exclusivamente a novas variantes do SARS-CoV-2? Um tal cenário aponta para um aumento da histeria, mais vacinas, e um nível de destruição e de caos inimaginável. É de temer que os que tiverem até esse momento conseguido resistir à inoculação sejam usados como bodes expiatórios. As preparações logísticas, legais e regulamentares em curso em vários países fazem temer o pior.


ARNm e ADN virais

As “vacinas” da Pfizer e da Moderna usam a chamada plataforma ARNm, um acrónimo de “ácido ribonucleico mensageiro.” O ARNm transporta as instruções contidas no ADN para os ribosomas, as estruturas celulares onde são sintetizadas as proteínas. Todavia, o ARNm das “vacinas” não é ARNm humano. Trata-se de uma porção ARNm do vírus SARS-CoV-2, que contém as instruções para a fabricação da “proteína-pico,” tradução livre do nome Inglês, “spike protein.” Esta porção do ARNm do vírus encontra-se envolvida por nanolípidos (uma tecnologia recente) que facilitam o seu transporte e penetração na célula humana depois de injectada no corpo. Uma vez dentro da célula, o ARNm viral fará o seu trabalho que consiste em instruir os ribosomas da célula humana para que estes produzam a proteína-pico. A ideia subjacente a este procedimento é a de que, uma vez confrontado com a presença da proteína vírica, o organismo desenvolva uma resposta imunitária que lhe permita, posteriormente, quando em contacto com o vírus, identificá-lo e atacá-lo mais rápida e eficazmente. 

Todavia, há várias problemas com esta abordagem e com outras questões a que um período experimental habitual (10 a 15 anos) poderia, talvez, permitir responder, para não falar da muito limitada testagem animal prévia e dos graves problemas levantados pela estimulação de respostas imunitárias a coronavírus em geral, problemas que, como vimos, estão por resolver, e prometem, por si só, uma catástrofe.

O primeiro problema reside no facto de esta tecnologia “vacinal” nunca ter sido utilizada em humanos, o que torna tanto mais necessária uma longa e exaustiva experimentação em modelos animais antes da passagem à fase humana. Em segundo lugar, não sabermos durante quanto tempo este ARNm exógeno ficará activo dentro das células humanas. Em terceiro lugar, há uma possibilidade teórica mas cuja gravidade exigiria uma cabal clarificação experimental antes de qualquer experimentação humana. Esta é uma preocupação que já ouvi a vários especialistas e que apenas compreendo imperfeitamente, pelo que peço a leniência do leitor. Trata-se da possibilidade da interferência causada pela presença em simultâneo na célula de um retrovírus, o qual é dotado de uma enzima chamada “transcriptase reversa,” capaz de inverter o processo normal pelo qual o ADN codifica o ARNm que, por sua vez, “instrui” a formação de uma proteína nos ribosomas. Neste caso, a presença da transcriptase reversa fomentaria a codificação do ADN humano pelo ARNm do vírus, inscrevendo assim em perpetuidade no ADN da célula as instruções para a fabricação da proteína-pico. Caso a célula em causa seja uma célula germinal, i.e. um ovo (mulher) ou um espermatozóide (homem), que posteriormente vá fecundar ou ser fecundado no processo habitual de geração de um novo humano, isto significa uma alteração do código genético de todos os descendentes desse novo ser humano, os quais passarão todos a sintetizar nas suas células a proteína-pico do SARS-CoV-2. Caso não seja claro para o leitor, aquilo que estou a descrever é a criação de um OGM, um organismo geneticamente modificado ou transgénico, o que é irónico, considerando que muitas das pessoas que já se vacinaram ou estão hoje dispostas a vacinar-se rejeitariam comer milho transgénico ou incluir qualquer tipo de OGM na sua dieta, mas estão dispostos a arriscar tornarem-se eles próprios e os seus eventuais descendentes em organismos geneticamente modificados. Em todo o caso, a mera inclusão de ARN vírico funcional nas células de um organismo humano pode, por si só, ser definida como a criação de um OGM.

Uma outra tecnologia experimental que o pretexto pandémico permitiu introduzir abruptamente na vacinação em massa é ainda mais geneticamente intrusiva. Trata-se da utilização de um adenovírus modificado para transporte, não do fragmento do ARNm (uma hélice) do SARS-CoV-2 com as instruções para a fabricação da proteína-pico, mas sim do fragmento correspondente de ADN (dupla hélice) que o adenovírus transporta para o interior da célula e depois introduz, juntamente com o seu próprio ADN, no núcleo da célula humana, onde se encontra o restante ADN humano. Garantem-nos os especialistas que “ao contrário do que se passa com outros vectores virais, como os lentivírus e os retrovírus, o risco de mutagénese é muito menor no caso do adenovírus, uma vez que estes não integram o genoma viral com o genoma do hospedeiro.” Pessoalmente, gostaria de ver este risco quantificado (por célula e por organismo) afim de o multiplicar pelo número de pessoas às quais será administrado este tipo de vacinas, o que me permitiria estimar o número de humanos com ADN vírico geneticamente integrado que teremos obtido por esta via no fim do processo. Ao contrário do que os seus promotores nos tentam fazer crer — invocando o precedente da autorização, em Julho passado, de uma vacina da Johnson & Johnson para o Ébola usando a tecnologia adenovírus — a utilização desta tecnologia a grande escala em humanos é tão inédita quanto a do ARNm. Por outro lado, os riscos mencionados somam-se aos riscos das vacinas ARNm, uma vez que, a jusante da síntese intracelular do ARNm vírico, a sequência de eventos é idêntica; a tecnologia do adenovírus simplesmente acrescenta, a montante, um processo adicional; e acrescenta também a reacção imunitária adicional ao próprio adenovírus, que se crê poder reforçar a resposta imunitária às proteínas-pico. Isto é suposto ser uma vantagem que pode, todavia, transformar-se numa séria desvantagem (ver o parágrafo seguinte). Utilizam a plataforma adenovírus as vacinas da Astra-Zeneca, da Johnson & Johnson, e a Sputnik russa.

Como referi mais atrás, a campanha de vacinação contra o SARS-CoV-2 já está a ser seguida por um cortejo de morte e doença que, não obstante as forças de censura, transparecem através de algumas fontes informativas. Ver por exemplo aqui uma colecção de notícias reunidas no início de Fevereiro de 2021. Estas observações extremamente preocupantes trazem-nos ao quarto problema, que pode muito bem ser o maior: dado o isomorfismo (semelhança estrutural) entre segmentos da proteína-pico e segmentos de diferentes proteínas do corpo humano, será possível que a produção, por tempo indeterminado, de proteínas-pico dentro das células humanas conduza à formação de reacções auto-imunes crónicas, as quais podem ser altamente debilitantes ou mortais?

Mike Yeadon, um bioquímico doutorado em farmacologia respiratória, que trabalhou durante décadas no desenvolvimento de novos fármacos, tendo ascendido até à posição de Vice-Presidente e Cientista-Chefe da Pfizer, observou, num artigo eminentemente recomendável, que cerca de 1/3 da população britânica (o que pode ser facilmente transposto a outros países) tem imunidade adquirida ao SARS-CoV-2 em resultado da exposição anterior a outros coronavírus, um fenómeno comum entre vírus da mesma família. E sublinha igualmente que, uma vez que as proteínas-pico são uma característica exclusiva da família dos coronavírus, sendo bastante semelhantes entre as diferentes espécie de coronavírus, é perfeitamente possível que qualquer teste PCR que dependa de primers que codificam as proteínas-pico possa testar positivo para SARS-CoV-2 alguém que esteja simplesmente infectado com um dos 4 coronavírus correntes.

Ou seja, é perfeitamente possível que muitas das reacções adversas e das mortes que se têm sucedido à inoculação com as vacinas da Pfizer, da Moderna e da Astra Zeneca sejam o resultado, não apenas da imunidade específica resultante de exposições anteriores ao SARS-CoV-2, como também da imunidade adquirida no passado aos coronavírus comuns, a qual é activada assim que o ARNm vacinal penetra nas células do organismo e estas começam a produzir as proteínas-pico do vírus. No decurso dos processos biológicos de reacção à proteína-pico exógena, as células do sistema imunitário do hospedeiro reconhecem, a partir do seu banco de informações biológicas de infecções passadas, os fragmentos da proteína alienígena como inimigos a combater e cumprem a sua função habitual que consiste em atacar e provocar a morte da célula, que é tratada como estando “infectada,” mas que na realidade está apenas a produzir, “instruída” pelo ARNm estrangeiro, um fragmento do vírus: a sua proteína-pico. A existência de uma imunidade prévia, seja ela específica ou cruzada, poderá provocar uma reacção imunitária exacerbada à vacina mesmo na ausência da exposição a um vírus natural. Esta não é apenas a minha interpretação como a do virologista alemão, Sucharit Bhakti cujo explicação recomendo vivamente.

Como se os cenários até aqui traçados não fossem suficientemente preocupantes, quando ultimava este texto para publicação iminente, chegou-me às mãos informação credível sobre um risco vacinal adicional e porventura ainda pior do que os expostos até aqui. O alerta é lançado pelo Dr. Geert Vanden Bossche, um virologista com um significativocurriculum universitário, na indústria farmacêutica e, finalmente, nas organizações internacionais de Bill Gates, de onde aparentemente terá saído enquanto crítico (2015) do programa da OMS que administrou uma vacina experimental para o Ébola na Guiné. Depois de uma passagem pelo Centro Alemão de Investigação de Infecções, em Colónia, enquanto Chefe do Departamento de Desenvolvimento de Vacinas, o Dr. Bossche é hoje consultor técnico no domínio da biotecnologia. Citando uma síntese da sua advertência, incluída num documento, disponível no site do Dr. Bossche, datado de 13 de Março de 2021: 

“Pode demorar várias semanas até que a resposta imunitária esteja completamente desenvolvida, e se for exposto ao vírus durante este período, a sua resposta imunitária pode ser demasiado fraca para combater efectivamente o vírus. Ainda que a primeira dose o possa proteger do desenvolvimento de sintomas, o vírus poderá ainda ser capaz de replicar-se e transmitir-se. O exercício de pressão imunitária elevada sem no entanto impedir a replicação e a transmissão virais é uma receita para a fuga viral selectiva (selective viral immune escape). Todavia, observamos agora algo de ainda mais preocupante: mesmo aqueles que foram completamente vacinados antes da exposição ao COVID-19 já não conseguem controlar a replicação e a transmissão do vírus. Isto porque estão agora a ser cada vez mais infectados por variantes mais infecciosas cuja proteína-pico é diferente da incluída nas vacinas. Deste modo o vírus evade-se cada vez mais dos anticorpos criados em reposta à vacina. (…) A vacinação em massa está agora cada vez mais a transformar os vacinados em difusores assimptomáticos do vírus, transmitindo vírus altamente infecciosos aos sujeitos desprotegidos ou ainda não infectados. (…) A continuação da vacinação em massa com estas vacinas 'com fuga' ('leaky' vaccines) (…), no contexto de uma pandemia em curso, implica inevitavelmente que vamos testemunhar a emergência de variantes mais e mais infecciosas, o que exporá as pessoas a um risco elevado de doença grave.”

A recomendação do Dr. Bossche é unívoca: parar imediatamente a campanha vacinal.

Chegados aqui, face à acumulação insólita dos riscos envolvidos no uso das “plataformas” ARNm e ADN via adenovírus, e à pretensão absurda de abranger virtualmente todas as pessoas no planeta, podemos perguntar-nos qual poderá ser o móbil atrás deste empreendimento psicopático. Creio que há vários, mas julgo que o mais fácil de compreender é o do lucro. Num vídeo a vários títulos esclarecedor, o Dr. Wolfgang Wodarg — o médico e político alemão já mencionado que muito contribuiu para esvaziar a primeira grande tentativa de farsa pandémica (H1N1) — explica (ver a partir de 37m25s) singelamente que a tecnologia ARNm permite aos fabricantes de vacinas substituir o delicado, dispendioso e laborioso processo de fabricação dos antígenos nos chamados bioreactores pela fabricação muito mais rápida e barata do ARNm que, injectado nas pessoas, infecta as suas células, transformando-as em bioreactores produtores de proteínas virais. 

Todavia, ainda que importante, o móbil financeiro não é o único. Outras razões ainda mais sinistras perfilam-se na sombra de toda esta história.


A infecção e a “pandemia” não são tão graves quanto certos agentes quiseram desde o início fazer crer. Todavia, as políticas de saúde pública e as orientações terapêuticas preconizadas, desde o início da “pandemia,” pela maior parte dos Estados sob a influência da OMS contribuíram para um aumento evitável da morbilidade e da mortalidade. Desde o início que existiam opções terapêuticas eficazes e seguras, como desde o início foram por demais óbvias as tentativas para as suprimir e denegar, degradando objectivamente a situação sanitária. 

A encenação de fugas de informação oriundas da China em Janeiro e Fevereiro de 2020, com vídeos que hoje sabemos ou suspeitamos terem sido fabricados e/ou descontextualizados, provocaram o pânico no Ocidente. Desde o início da “pandemia” que a OMS, citando autoridades Chinesas, recomendou, contra a prática médica habitual, o uso prematuro da ventilação mecânica, o que contribuiu para muitas mortes evitáveis e danos pulmonares duráveis ou crónicos, inicialmente atribuídos ao COVID-19. Um dos primeiros alertas foi lançado a 31 de Março de 2020 pelo médico Nova-Iorquino, Dr. Cameron Kyle-Sidell (vídeo), mas só em Maio se tornou conhecimento comum na comunidade médica que os ventiladores estavam a piorar dramaticamente a situação em vez de ajudar. Naturalmente, o público nunca foi convenientemente informado de que uma parte importante das mortes e danos pulmonares atribuídos ao COVID-19 resultaram, na realidade, das orientações da OMS, citando fontes da China — China essa que, entretanto, vendeu muitos ventiladores mecânicos ao Ocidente, muitos dos quais defeituosos (como de resto aconteceu com as máscaras e outros equipamentos de protecção).

Todos nos lembramos das imagens e notícias dramáticas do Norte de Itália no início da “pandemia,” em particular de Bergamo, onde, para além do pânico, promovido pelos media, a ausência de um plano pandémico actualizado numa situação de pandemia declarada foi objecto de um relatório posterior por um funcionário da OMS. O relatório foi rapidamente suprimido pelo seu superior hierárquico, que anteriormente ocupara o cargo político italiano responsável por essa falha. Ao caos e ao pânico juntaram-se a trágica recomendação de ventilação mecânica prematura da OMS e uma outra recomendação das autoridades de saúde, porventura também emanada da OMS, uma vez que não apenas se generalizou, como é mantida, até hoje, em muitos Estados da Europa e da América do Norte: a ideia peregrina de aconselhar os doentes a ficar em casa sem qualquer tratamento para além de um antipirético como o paracetamol, até que a maior parte melhore espontaneamente, sendo que alguns pioram até ao ponto de terem de ser hospitalizados num estado muito mais difícil de tratar, tornando o que poderia ter sido uma gripe porventura mais severa numa doença catastrófica para os mais frágeis e os mais idosos.

Para os números crescentes de hospitalizações e de mortes, em Itália como, depois, no resto da Europa, não pouco terão contribuído as recomendações de Olivier Verán, ministro da saúde Francês que, em meados de Março de 2020, desaconselhou o uso de anti-inflamatórios não-esteróides como o Ibuprofeno ou a Aspirina, assim como da cortisona, recomendações essas imediatamente amplificadas pelos media, quando hoje sabemos que essas medicações são críticas para controlar a inflamação descontrolada e a formação de coágulos sanguíneos, nomeadamente nos pulmões, precisamente os processos que causam os piores danos físicos e a morte nos estágios avançados da doença.

Mas a arte dos ministros de Macron de mijar precisamente contra o vento não se fica por aqui e conduz-nos directamente à questão da supressão das terapias contra o COVID-19. Escassas semanas antes de abandonar o governo para substituir um outro ex-ministro de Macron nas eleições para a Câmara Municipal Parisiense (Benjamin Griveaux que, por falar em mijar contra o vento, desistiu da corrida por ter sido exposto a masturbar-se num vídeo), a antecessora de Olivier Véran, Agnès Buzyn, decidiu, num decreto datado de 13 de Janeiro, reclassificar a hidroxicloroquina como substância venenosa requerendo uma prescrição médica para a sua dispensa em farmácia, quando até aí esse medicamento antigo, barato e seguro estava em venda livre em França. Em Janeiro de 2021, a Dr.ª Buzyn foi designada pelo Director-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, como Enviada para as relações com outras organizações multilaterais. Quem sabe o quanto a OMS se tornou numa extensão da Fundação de Bill Gates e do lobby farmacêutico pro-vacinal saberá unir os pontos (já lá iremos). 

O autor desta denegação detalhada da existência de qualquer relação entre a reclassificação da hidroxicloroquina e a então iminente “pandemia,” aponta para o facto de que a cadeia de eventos que resultou no referido decreto remonta a um processo iniciado pela Agência Nacional para a Segurança dos Medicamentos e dos Produtos de Saúde (ANSM), e evoca um pedido de parecer endereçado por esta a uma outra agência governamental (ANSES), numa carta datada de 8 de Outubro de 2019, para demonstrar que a proibição de 13 de Janeiro não tem qualquer relação com o vírus e com a epidemia, uma vez que as primeiras notícias sobre estes datam dos últimos dias de Dezembro de 2019 e dos primeiros dias de Janeiro de 2020. Tal explicação seria satisfatória num mundo onde os documentos não se antedatassem e onde a virtude inibisse os poderosos de conspirar e os pequenos de se deixarem corromper ou intimidar. Como não vivemos nesse mundo, a data fez-me lembrar uma outra, 18 de Outubro de 2019, o dia do Evento 201. Abordá-lo-ei mais adiante, uma vez que agora nos desviaria do assunto em mão.

Não pretendo retraçar aqui toda a epopeia da supressão da hidroxicloroquina (HCQ). Mas não posso deixar de mencionar o Lancetgate: o episódio do estudo fraudulento, publicado pela revista médica Lancet (22/05/2020), que visava denegrir a segurança e a eficácia da HCQ, e que acabou por ser retirado (05/06/2020), não sem antes ter servido à OMS, à NIH (Americana) e a outros, de justificação para suspender precipitadamente (25/05/2020) todos os estudos clínicos da HCQ então em curso.

Infelizmente, as mentiras, como as probabilidades, não se adicionam, multiplicam-se. Foi também aqui o caso, uma vez que muitos dos ensaios então em curso não só evitaram escrupulosamente o contexto do tratamento ambulatóriodos estágios iniciais e intermédios da doença, onde desde cedo se percebeu que a HCQ é mais eficaz e útil ao evitar a hospitalização dos pacientes, como alguns desses ensaios envolveram o uso criminoso de doses tóxicas e potencialmente letais de cloroquina e de HCQ, nomeadamente um ensaio num hospital em Manaus e um outro no Reino Unido(Recovery). Que as doses empregues eram tóxicas e letais, é algo que pertence ao domínio do conhecimento médico elementar, tão inegável que os médicos brasileiros responsáveis pelo estudo em causa foram rapidamente alvo de processos criminais. 

O trabalho sujo estava feito e o “braço” hidroxicloroquina do programa de ensaios clínicos Solidarity da OMS não mais foi retomado, uma vez que, sob a mentira rapidamente exposta do Lancetgate, se encontrava a insidiosa fraude da dosagem tóxica. Os espíritos, calculadamente aturdidos pelo medo e pela sucessão desenfreada das notícias, não foram capazes de dividir as mentiras. Em Outubro de 2020, as novas “vacinas” perfilavam-se no horizonte e o seu mercado deveria estar livre de pretextos e distracções. A Gilead Sciences tinha já fechado, com diferentes países e com a União Europeia, vendas bilionárias da sua dispendiosa, inútil e perigosa droga, o remdesivir, pelo que a OMS decidiu encerrar o que restava do seu programa Solidarityanunciando ao mundo que “os quatro tratamentos avaliados (remdesivir, hidroxicloroquina, lopinavir/ritonavir e interferon) tiveram pouco ou nenhum efeito global na mortalidade, iniciação de ventilação e duração do internamento nos doentes hospitalizados.”

Uma vez que, presentemente, a informação e as fontes fidedignas abundam, limito-me aqui a assinalar a existência de muitas drogas conhecidas, seguras e baratas (porque as patentes expiraram há muito), cuja eficácia no tratamento da COVID-19 (nomeadamente em ambulatório) e na diminuição da taxa de hospitalização dos doentes foi demonstrada na experiência clínica de muitos médicos e até em estudos clínicos observacionais com centenas e, por vezes, mais de um milhar de casos. Naturalmente, estes testemunhos, observações e estudos clínicos não poderiam nunca satisfazer os padrões de cientificidade impostos pela prática dos estudos double-bind a larga escala que custam milhões de euros, demoram anos, e, convenientemente, apenas são acessíveis à grande indústria farmacêutica para a validação de drogas patenteadas capazes de gerar centenas, senão milhares de milhões de euros em vendas futuras. 

Falo da hidroxicloroquina (HCQ), sozinha ou em combinação com a azitromicina, e que, desde Fevereiro de 2020, foi preconizada e, desde os princípios Março de 2020, administrada com documentado sucesso pelo Prof. Didier Raoult do Institut Méditerranée Infections de Marselha; também foi administrada, desde Março de 2020, na mesma combinação mas com zinco (posteriormente também incluído em Marselha), pelo Dr. Vladimir “Zev” Zelenko do Estado de Nova Iorque, entre muitos outros. Mas também falo da da Ivermectina, que, no momento da escrita, a OMS tenta afanosamente afogar com a manobra clássica do mercenário científico; da Budesonida (Pulmicort); da Colchicina; mais recentemente, da Clofazimina; ou, no domínio dos extractos vegetais, da quercitina (um flavonóide) e da Artemísia Annua (uma planta). Estas duas últimas funcionam como sucedâneos da hidroxicloroquina uma vez que, como acontece com aquele medicamento, as suas propriedades ionóforas favorecem a penetração do zinco nas células onde este vai inibir a replicação do vírus, ajudando assim a deter a sua proliferação no organismo. 

O que nos conduz ao papel de elementos e moléculas geralmente classificados como minerais e vitaminas, mas que podem ter um papel determinante na profilaxia e no tratamento do COVID-19, assim como de outras infecções víricas. Falo, para além do zinco (nas suas várias formulações, como sulfato ou citrato de zinco), determinante na inibição da replicação intra-celular dos vírus, da Vitamina D e da Vitamina C. Estudos demonstram: (1) uma forte correlação positiva entre a quantidade de vitamina D no sangue dos pacientes e a sua resistência ao COVID-19; (2) a existência de menores níveis de Vitamina D no sangue de populações que têm sido mais atingidas pelo COVID-19; e, (3), num outro estudo, a administração de um metabolito da Vitamina D a doentes de COVID-19 hospitalizados teve um efeito muito significativo na redução das admissões nos cuidados intensivos e das mortes. Quanto à Vitamina C, sabemos que o organismo humano a utiliza em maior quantidade quando combate infecções, pelo que é do mais elementar bom senso a suplementação moderada para prevenir ou ajudar a combater infecções.

O síndroma da COVID-19 é portanto passível de vários tratamentos, apesar das patentes mentiras das autoridades de saúde de muitos países, como é o caso, em Portugal, da DGS e da sua directora, Graça Freitas, que, numa entrevista recente, na RTP, a 3 de Março de 2021, reiterou o logro grotesco da inexistência de tratamentos para o COVID-19. Para logo reafirmar a “vacina” como a única opção disponível, evidentemente. A severidade da doença e da pandemia deve-se, no mínimo, tanto às recomendações e abordagens errados promovidos pela OMS e, na sua senda, pelos responsáveis políticos e autoridades de saúde nacionais, quanto ao próprio vírus SARS-CoV-2. 

Acresce que subsistem dúvidas entre os especialistas sobre a precisa e correcta identificação do SARS-CoV-2, o qual poderá não ter sido devidamente isolado, purificado, examinado e testado de acordo com as regras da arte. (É uma questão que me limito a assinalar e sobre a qual não tenho uma opinião fundamentada.)

O primeiro protocolo do teste PCR que tem sido usado como critério único de identificação dos casos de COVID-19 foi formulado num artigo pelos virologistas alemães Christian Drosten e Victor Corman et al. e publicado, em 22 de Janeiro de 2020, na revista médica Eurosurveillance, um dia depois de ter sido submetido — uma revista onde o próprio Drosten e uma outra co-autora do artigo, Chantal Reusken, são membros do comité de leitura. Mas, a 13 de Janeiro, o protocolo já tinha sido submetido à OMS, que entretanto o divulgou no dia 21, um dia antes da Eurosurveillance, e oincorporou nas suas recomendações.

Num pedido de retracção do artigo de Drosten e Corman submetido pelo biólogo molecular Pieter Borger e colaboradores, são assinalados 10 erros científicos graves, a começar pelo facto de o protocolo PCR recomendado se basear exclusivamente em sequências in silico (i.e. uma construção teórica em suporte informático) provenientes de um laboratório Chinês, na ausência de qualquer material genómico de controlo, e sem que, desde então, os autores tenham realizado qualquer validação dos seus pressupostos “a partir de vírus SARS-CoV-2 isolados ou de ARN integral do mesmo.” Na ausência da sequenciação genética do vírus, os autores recorreram a bases de dados de outros coronavírus SARS e similares para afinar os parâmetros do protocolo. Outros erros graves residem no facto de o protocolo utilizar concentrações muito elevadas dos primers (uma espécie de “negativos” bioquímicos precisos que funcionam como “selectores” do material genómico a identificar), o que diminui a especificidade do processo e aumenta a amplificação do produto, e os próprios primers conterem 6 bases (as “letras do genoma”) que admitem variantes, multiplicando o número de sequências identificáveis e reduzindo ainda mais a especificidade do teste. Apesar de o artigo de Drosten e Corman identificar três genes, apenas trata dois deles como cruciais, e o protocolo que a OMS deriva do artigo retém apenas 2 genes e prescreve apenas os 2 primers correspondentes, o que, combinado com os demais erros, resulta “num protocolo de teste inútil no que respeita à produção de resultados de teste com um real significado numa situação pandémica.” Outro factor que aumentaria a especificidade seria a utilização de genes o mais separados possível entre si no genoma. Isto reduz a possibilidade de que a detecção de fragmentos de vírus resulte num falso positivo. Mais uma vez, o protocolo Drosten-Corman fica aquém do exigível, uma vez que os genes identificados se situam em pouco mais de metade do genoma do SARS-CoV-2. Outro factor de especificidade é a presença de uma percentagem de bases de nitrogénio (GC) nos primersseleccionados situada no intervalo 40%-60%. Isto é importante porque são estas bases que “colam” no processo térmico que “selecciona” e depois multiplica o material a amplificar. Quanto menor a percentagem destes pontos de “encaixe” ao longo da cadeia do gene, menor o “caderno de encargos” da detecção e maior a probabilidade de “agarrar” um fragmento de material genético diferente do pretendido. Ora, os dois primers privilegiados pelos autores e seleccionados pela OMS apresentam valores anormalmente baixos de GC: 34.6% um e 28%-31% o outro. Ironicamente, o primer negligenciado pelos autores e excluído pela OMS é o único que satisfaz o requisito 40%-60% de GC e os requisitos associados aos parâmetros térmicos da reacção de amplificação que garantem a integridade das sequências de bases nos primers durante o processo e, em consequência, mais uma vez, a especificidade da detecção.

Para além da ausência do que seria o padrão de ouro de um controlo positivo do protocolo Drosten-Corman, que passaria por obter um teste positivo a uma amostra de ARN isolado do SARS-CoV-2, é importante assinalar que o protocolo não inclui o gene (N) que codifica uma proteína exclusivamente presente no SARS-CoV-1 e no SARS-CoV-2, nem inclui, como controlo negativo ideal, o gene HE, ausente nos dois SARS, e que permitiria assim excluir a possibilidade de falsos positivos gerados por um qualquer dos outros quatro coronavírus comuns. Bem entendido, o teste pressupõe que o SARS-CoV-1, identificado em 2003, não se encontra em circulação, uma vez que detecta ambos indistintamente...

Finalmente, o mais conhecido e patente factor de inespecificidade do protocolo PCR Drosten-Corman, igualmente adoptado pela OMS, consiste na recomendação da realização de 45 ciclos de amplificação sem a definição explícita de um valor limiar de ciclos (Ct, cycle threshold) abaixo do qual deve ocorrer a detecção para o teste ser considerado positivo. Os especialistas nos testes PCR concordam em geral que apenas as detecções (ou não-detecções) até 30 ciclos são fiáveis, sendo que alguns preferem nem sequer ultrapassar os 25 ciclos. Num estudo (não mencionado no pedido de retracção) realizado no hospital universitário Chung-Ang, em Seoul, e publicado no The New England Journal of Medecine em 27 de Janeiro de 2021, amostras de 89 testes PCR positivos foram colocadas em cultura, sendo que o vírus se desenvolveu em apenas 29 das 89 culturas (33%). As amostras com cultura viral positiva correspondiam a testes PCR cuja detecção positiva ocorreu “com valores Ct de 28.4 ou menos.” No pedido de retracção, Pieter Borger et al.citam “Jaafar et al.: “Com Ct = 35, o valor que usamos para reportar um resultado positivo para o PCR, <3% das culturas são positivas.” E indicam outros estudos que mostram que apenas vírus mortos ou fragmentos virais são detectados com valores Ct de 35 ciclos.

Decididamente, no concurso franco-alemão de mijar precisa e disciplinadamente contra o vento, os alemães merecem um claro 1º lugar. O facto de três dos autores do artigo Drosten-Corman serem afiliados a interesses comerciais ligados à produção ou à administração de testes PCR é quase uma nota de rodapé nesta história.

A recomendação oficial da OMS, foi imediatamente retomada pelos organismos de saúde nacionais e pelos fabricantes de testes PCR, ao arrepio dos conhecimentos básicos sobre o funcionamento e parametrização dos testes PCR. Acresce que, ao contrário do que acontece com o resultado dos testes PCR para outras afecções virais, e porventura em resultado da ambiguidade original das recomendações da OMS, nos testes ao SARS-CoV-2 não vem inscrito o número de ciclos de amplificação (Ct) para a determinação do resultado positivo ou negativo. Nem em Portugal nem, tanto quanto sei, noutras partes do mundo. Curiosamente, já em Janeiro de 2021, num comunicado que passou despercebido na comunicação social mainstream, a OMS veio discretamente corrigir o tiro, reconhecendo sinuosamente que um número elevado de ciclos de amplificação conduz a um número importante falsos positivos, particularmente em contextos de baixa prevalência do vírus testado, e que a presença da infecção não pode ser feita apenas mediante um teste PCR, mas requer uma apreciação clínica. Estas graves deficiências levam a maior parte dos observadores devidamente informados, não vendidos nem intimidados, a pôr em causa a validade dos números de casos e da própria construção da alegada “pandemia.” Se uma das principais razões para tomar uma vacina experimental e previsivelmente perigosa é a presença de uma pandemia, a descoberta de que a pandemia é provavelmente uma fraude não pode senão aumentar as nossas dúvidas e suspeitas quanto à vacina. Não será ela também uma fraude?

Infelizmente a fabricação da pandemia e da necessidade de uma vacina não se limitou à recomendação perigosa do uso precoce da ventilação mecânica, à recomendação de que os doentes ficassem em casa, sem outra medicação para além de um antipirético, à supressão das terapêuticas disponíveis para tratar e prevenir com significativo sucesso o síndroma gripal identificado como COVID-19, ou à parametrização fraudulenta do teste PCR, fazendo-o produzir um número elevado de falsos positivos assim como, potencialmente, de positivos inespecíficos (i.e. que podem eventualmente ser causados por outros coronavírus que não o SARS-CoV-2). 

Apesar de, em 2009, sob a pressão da indústria farmacêutica, a OMS ter retirado da definição de pandemia a presença de um número significativo de mortes e de casos de doença grave, os arquitectos da presente “pandemia” sabiam bem que, sem a ocorrência de um número importante de mortes atribuíveis à nova doença, dificilmente poderiam declarar e manter a ficção pandémica assim como implementar medidas draconianas de restrição de liberdades e, finalmente, coagir os povos a aceitar vacinas desnecessárias e perigosas. Um dos segredos mais bem guardados durante os primeiros meses da “pandemia” começou a ser revelado quando membros dos aparelhos sanitários nacionais começaram a revelar ao público novas regras estranhas na reportagem dos óbitos, ou quando os responsáveis de saúde foram sujeitos a interrogatórios parlamentares (ex. na Irlanda). No caso Português, foi a própria directora da DGS, Graça Freitas, que, mediante um expediente terminológico vergonhoso (“evento terminal”), e a já clássica assimilação mentirosa de resultados positivos do teste PCR (até 40-45 ciclos) a infecções, revelou o segredo numa conferência de imprensa. Embora o vídeo seja breve, não duvido que os jornalistas tenham compreendido perfeitamente qual era a parte do discurso que não deviam compreender. A uniformidade da regra em causa, que parece ser seguida em Portugal como no Reino Unido, em França como nos EUA e, ao que tudo indica, na generalidade dos países, leva-me a concluir que estamos diante de uma política coordenada ao nível internacional e, mais especificamente, de recomendações que só poderão ter emanado da OMS. Refiro-me à regra de atribuição das mortes ao COVID-19 e, por implicação, ao SARS-CoV-2. Esta regra é muito simples. Para que o COVID-19 seja considerado como causa de morte, justificando assim a inclusão do óbito no número de mortes atribuído ao COVID-19 e diariamente anunciado com a devida pompa e circunstância, basta que a morte tenha sido precedida de um teste PCR positivo nos 28 dias (4 semanas) anteriores ao óbito. Nenhum dos abundantes falsos positivos que, por acaso ou por diligência, tenham sido capturados nos vinte e oito dias anteriores a um falecimento são desaproveitados. Mas, sobretudo, as verdadeiras causas da morte não têm de ter nenhuma relação com o SARS-CoV-2, com o síndroma COVID-19, ou com o que quer que seja que resulte num teste PCR positivo. Um pouco por todo o mundo, nem os suicídios nem os acidentes de viação escaparam a esta regra.

Ou seja, é perfeitamente possível que a taxa de mortalidade do COVID-19 e do seu vírus associado seja comparável à da influenza se não mesmo inferior.

Quanto à pandemia, é uma manifesta fraude, como são fraudulentos e claramente criminosos a aplicação dos testes PCR segundo as especificações de Christian Drosten e os absurdos critérios de atribuição das mortes ao COVID-19. Na Alemanha, um Comité Corona, da iniciativa do advogado Alemão e Norte-Americano, Reiner Fuellmich, pretende perseguir judicialmente os autores destes crimes contra a humanidade mediante a organização de uma acção colectiva. A comissão destes crimes está claramente centrada na OMS.


Dos interesses institucionalizados ao projecto ideológico total

Muito embora este não seja o lugar para uma exploração minuciosa dos interesses da OMS, e das influências que os determinam, parece-me importante assinalar que a OMS é hoje uma instituição completamente capturada e manipulada por Bill Gates e pelos interesses farmacêuticos articulados pela Fundação Bill and Melinda Gates (BMGF). Os desígnios de Gates canalizam-se e dissimulam-se através de uma constelação organizacional que mais não é do que um conjunto de corpos criados ou totalmente infiltrados (OMS) por Bill Gates: em 2018, por exemplo, a OMS teve, na BMGF, o seu segundo maior financiador, logo a seguir ao Estado Americano. A mesma OMS, que se coordena intimamente com a GAVI, o market-maker do mercado internacional das vacinas, fundado e maioritariamente financiado pela BMGF, que injectou 4130 milhões de dólares na GAVI entre 2000 e 2020 e que, em 2019, prometeu mais 1530 milhões de dólares para o período 2021-2025. Ora, esta criatura de Bill Gates, a GAVI (que, curiosamente, tem agora Durão Barroso ou, mais propriamente, a sua agenda telefónica como chairman of the board), é também um grande financiador da OMS. Aliás, se a GAVI foi o quinto maior financiador da OMS em 2018, em 2019 ocupou o terceiro lugar, ultrapassando a própria BMGF que ficou nesse ano na quarta posição! Mas quando se somam as contribuições dos dois organismos controlados por Bill Gates, como eu fiz, para os anos 2017-2019, a partir dos dados financeiros fornecidos pela própria OMS, chegamos à surpreendente conclusão de que, em cada um desses 3 anos, o combo BMGF+GAVI é consistentemente o maior financiador da OMS, sempre à frente dos EUA, assegurando 21.7% (2017), 17.27% (2018) e 18.68% (2019) do financiamento anual total da OMS! Mas regressemos à arquitectura da teia de aranha institucional tecida por Bill Gates.

Um “consórcio,” financiado pela BMGF, chamado Vaccine Impact Modelling Consortium (VIMC), tem por função “coordenar” grupos de investigação que trabalham para “modelar o impacto dos programas vacinais à escala mundial.” Os seus “parceiros” são a BMGF, a GAVI e o Departamento de doenças infecciosas e de epidemiologia do Imperial College de Londres. O director da VIMC não é outro senão Neil Ferguson, o infame matemático autor do modelo que previa números astronómicos de mortes no Reino Unido e nos EUA e que foi utilizado pela OMS e por diferentes governos nacionais para recomendar e implementar medidas draconianas e liberticidas como o confinamento generalizado. Um outro íntimo participante nas altas esferas rarefeitas do poder Gateseano é Anthony Fauci, director do National Institute of Allergy and Infectious Disease (NIAID), dependente do Nation Institute of Health (NIH) Americano, ao qual a BMGF prometeu, em Outubro de 2019, 100 milhões de dólares para um programa plurianual para o desenvolvimento de terapias genéticas (ler “vacinas ARNm e ADN via adenovírus”) para o HIV e para a Doença Falciforme. Os observadores atentos recordarão o quanto Anthony Fauci cumpriu fielmente o seu papel, não para com o Presidente ou o povo Americano, naturalmente, mas para com Bill Gates, multiplicando-se em declarações públicas desacreditando a hidroxicloroquina como tratamento para o COVID-19 e até a própria segurança do medicamento (o que, convenhamos, até para Anthony Fauci deve ter sido embaraçoso). Assim que as vacinas ARNm da Pfizer e da Moderna começaram a ser distribuídas, o mesmo Anthony Fauci recomendou vivamente não apenas a eficácia destas vacinas como a sua segurança.

A esmagadora maioria dos cidadãos portugueses e dos demais países desconhece totalmente a maior parte das informações que forneci ao longo deste texto. Há razões para esse desconhecimento que se prendem com o enorme controlo sobre governos, redes sociais e a comunicação social, um controlo actualmente exercido por um conjunto de agentes, dos quais Bill Gates é apenas um, ainda que dos mais poderosos. Há uma colusão objectiva entre a agenda vacinal da BMGF e o projecto de revolução societária do Fórum Económico Mundial (FEM), fundado e dirigido, desde 1971, por Klaus Schwab, fórum esse, que, como não podia deixar de ser, é também ele financiado pela BMGF e por outros oligarcas planetários. A agenda vacinal inscreve-se num movimento mais vasto que pretende utilizar a criação em curso de uma necessidade vacinal para a implementação de um sistema de identidade digital global cujo percursor é o muito propalado passaporte vacinal. Os confinamentos e demais restrições abusivas às liberdades individuais, superficialmente justificados pela “urgência sanitária,” mais não são do que mecanismos de chantagem cujo verdadeiro objecto é coagir as populações a aceitarem a vacinação em massa, o que permitirá justificar o boletim vacinal como forma de acesso às liberdades de que temos sido privados. O processo é completamente ilógico uma vez que mesmo os promotores e os fabricantes das vacinas admitem que estas não impedem a infecção ou o contágio, alegando que diminuem os sintomas e a probabilidade de morte, o que, como vimos, poderá vir a revelar-se precisamente o contrário da verdade. Mas há muito tempo que todo este processo abandonou a lógica e a coerência nas suas justificações de superfície. O seu verdadeiro propósito é a instauração de um novo regime totalitário mundial inspirado no modelo Chinês dos “créditos sociais,” em que todos os cidadãos que sobreviverem aos desastres vírico-vacinais repetidos que se preparam serão rigorosamente indexados a uma identidade digital, da qual dependerá a sua capacidade para ter uma conta bancária, crédito, realizar transacções, viajar, aceder a toda a espécie de lugares, ter uma voz na praça pública electrónica, aceder a diferentes tipos e níveis de empregos, poder ter filhos, etc. As incessantes vagas de vírus e de variantes serão, como a pressão migratória sul-norte (cuja orquestração e instrumentalização é toda uma outra história já com décadas), atribuídas ao sucessor do aquecimento global, o muito mais flexível conceito de alterações climáticas (“climate change”). Os novos líderes planetários terão durante longos anos um conveniente papel de salvadores. Todavia, assim que o sistema de identidade digital estiver totalmente implementado, as justificações serão irrelevantes e arbitrárias. O prisioneiro orwelliano em que nos querem transformar nada desejará mais ardentemente do que antecipar a mentira que dele for esperada.


Evento 201

Com a permissão do leitor, não queria encerrar este texto sem antes cumprir a promessa de abordar brevemente o Evento 201, a que aludi mais atrás. O Evento 201 foi um exercício de simulação de uma pandemia promovido pelo John Hopkins Center for Health Security, pela Fundação Bill e Melinda Gates (BMGF) e pelo Fórum Económico Mundial (FEM). Em 18 de Outubro de 2019, em Nova Iorque, diante de uma audiência selecta de 130 pessoas, encenou-se, nas palavras dos organizadores do evento, “a próxima pandemia severa, que não só vai causar muita doença e perda de vidas, como pode desencadear uma cascata de consequências económicas e societais que poderão contribuir para um grande impacto global e sofrimento.” Ainda segundo os organizadores: “o Evento 201 simula o surto de um novo coronavírus zoonótico transmitido de morcegos para porcos e destes para pessoas, acabando por tornar-se eficazmente transmissível de pessoa a pessoa e desembocando numa grave pandemia. O patógeno e a doença que este causa são em grande medida modelados no SARS, mas é mais transmissível em contexto comunitário por pessoas com sintomas ligeiros.”

“A doença começa em fazendas de porcos no Brasil, devagar e silenciosamente ao princípio, mas depois começa a espalhar-se mais rapidamente nas instalações dos serviços de saúde. Quando começa a espalhar-se eficientemente de pessoa para pessoa nos bairros pobres e densamente populados de algumas das megacidades da América do Sul, a epidemia explode. É primeiro exportada, por via aérea, para Portugal, para os Estados Unidos e para a China, e depois para muitos outros países. Embora ao princípio alguns países sejam capazes de controlá-la, continua a espalhar-se e a ser reintroduzida e, por fim, nenhum país consegue controlar a situação.

“No primeiro ano é impossível dispor de uma vacina. Há uma droga antiviral ficcional que pode ajudar os doentes, mas que é incapaz de limitar significativamente a disseminação da doença.

“Uma vez que toda a população humana é susceptível, durante os meses iniciais da pandemia o número cumulativo de casos aumenta exponencialmente, dobrando a cada semana. E à medida que os casos e as mortes se acumulam, as consequências económicas e societais tornam-se cada vez mais graves.

“O cenário termina aos 18 meses, com 65 milhões de mortos. A pandemia começou a desacelerar em virtude do número decrescente de pessoas susceptíveis. A pandemia continuará com algum nível de propagação até que haja uma vacina eficaz ou até que 80% a 90% da população global tenha estado exposta. A partir deste ponto é provável que se torne numa doença infantil endémica.”


Miguel Montenegro

terminado a 22 de Março de 2021



N.B.: Por razões óbvias, este texto foi escrito com alguma urgência. Reservo-me, por isso, o direito de correcção de qualquer detalhe formal ou referência incorrecta que não influa sobre o sentido ou a intenção. Qualquer acréscimo de informação ou observação que entenda importante acrescentar-lhe, serão adicionados sob a forma de addendum datado, abaixo destas linhas.

(Últimas edições com pequenas alterações a 26/03/2021; 02/04/2021.)


2 comentários:

Unknown disse...

Posso partilhar no Facebook?

anabela ferreira disse...

li o texto. Já tenho ouvido algumas coisas sobre o assunto.
O que gostaria de saber é o que podemos/posso fazer?
Não fui vacinada. Nem quero ser.
Como podemos resistir ? até quando ?
obrigada pelo seu texto!!!