terça-feira, 15 de novembro de 2022

Da democracia à "democracia"

O desaparecimento da República Americana é para mim um fait accompli desde Janeiro de 2021.

Pelo mundo fora, as democracias estão a ser substituídas por "democracias" no sentido Orwelliano, que é o sentido que a palavra tinha na esfera soviética.

Retrospectivamente, dar-nos-emos conta de que as democracias e as repúblicas liberais, com a sua separação formal do poder e o seu igualmente formal sufrágio universal, foram uma adaptação onerosa das elites do poder (i.e. financeiras) à dinâmica subversiva que elas próprias desencadearam no século XVIII e cujos dois marcos fulcrais foram a Revolução da Independência Americana e, mais sombriamente, a Revolução Francesa.

Na verdade, nunca o "poder" político foi mais dúctil face aos desideratos dessas elites do (verdadeiro) poder do que com as democracias do século XX (inclui-se aqui alguma margem temporal antes e depois).

Tão dúctil foi o "poder" político que, sem oposição, as referidas elites usaram e abusaram do sistema financeiro-monetário até o exaurir por completo. As moedas fiat são o Ponzi scheme mais duradouro e mais colossal da história.

Agora que o sistema está na iminência da implosão, todas os conceitos e ferramentas das elites do poder estão a ser apressadamente utilizados de forma a neutralizar a populaça e permitir-lhes recuperar a margem de segurança confortável a que estão habituadas.

Eis alguns desses conceitos e ferramentas:

* Democídio pseudo-pandémico e injectivo e por privação de energia e nutrição adequada;

* Instilação de etnomasoquismo;

* Instauração de Estado de Sítio permanente;

* Destruição de toda e qualquer veleidade de auto-controlo dos destinos individuais e das comunidades locais induzindo assim a convicção "fisiológica" de impotência;

* Instalação de sistemas automáticos de vigilância e controle que tornam fútil qualquer tentativa de resistência.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Metodologia Globalista: da dialéctica à inversão (notas súbitas)

inspiração marxista da subversão globalista e trans-humanista é denunciada pelos seus métodos.

O método do problema-reacção-solução tem sido amplamente comentado.

Trata-se de uma tradução pragmática da dialéctica tese-antítese-síntese que o marxismo recuperou da filosofia de Hegel.

Através das suas grandes corporações, do seu controlo dos media, e dos títeres políticos que executam os seus desideratos, o cartel globalista planetário gera um "problema."

O "problema" suscita uma reacção programada, a qual constitui a justificação para avançar com a "solução."

Esta "solução" é, na realidade, o objectivo inicial que não poderia ser implementado directamente sem revelar as intenções de poder e controlo que o movem.

Há todavia um outro artifício lógico da retórica marxista posto em acção pela pragmática globalista: trata-se da inversão.

A inversão pode ser operada em referência a diferentes eixos de simetria.

Inversão do ónus

Na guerra de informação, é frequente observar-se o agente globalista acusar o adversário de preparar ou cometer um ataque imoral, ilegítimo ou ilegal nos exactos moldes daquele que o agente está a preparar ou já cometeu.

Exemplos:

a) membros da NATO sugerindo que terão sido os Russos a atacar o oleoduto detonado por forças especiais britânicas;

b) os alertas dos EUA e de outros membros da NATO sobre preparações militares Russas nas proximidades do Donbass e a acusação de uma invasão “não provocada” da Ucrânia pelos Russos quando, na realidade, os preparativos militares e a Operação Especial militar dos Russos surgiram após largos anos de bombardeamentos do Donbass por forças militares e paramilitares Ucranianas a soldo dos EUA, e na sequência — e em reacção — a movimentações militares de grande volume do regime Ucraniano nas fronteiras das repúblicas independentistas do Donbass, as quais indiciavam uma invasão iminente.

c) nas eleições presidenciais dos EUA, em 2020, como no Brasil, em 2022, pudémos observar que a facção que perpetrou a “a organização de fraude eleitoral mais extensa e inclusiva da história” (Joe Biden) precedeu a sua operação acusando o adversário da intenção de não reconhecer a sua planeada derrota eleitoral.

Inversão meio/fim e causa/efeito no uso revolucionário das aspirações do ego


Aqui, o meio é apresentado como a finalidade, ao passo que o verdadeiro fim visado se produz como consequência, e fora do radar narrativo, uma vez que o seu real lugar dialéctico foi usurpado pelo meio travestido de fim.

Exemplos:

a) Nos séculos XIX e XX, as preocupações maltusianas dos globalistas face à recomposição e crescimento demográfico das classes populares, o intuito de domesticação da prole das mesmas, afim de produzir trabalhadores mais obedientes e produtivos, assim como o desejo de aumentar a produtividade da população sem uma correspondente expansão demográfica convergiram na promoção do feminismo, operacionalizado concretamente na promoção dos métodos anticoncepcionais, na despenalização do aborto, na liberdade sexual e na entrada das mulheres no mercado de trabalho.

O fim manifesto do feminismo era a igualdade de direitos e oportunidades entre mulheres e homens. Para os globalistas, os valores feministas não passava de meios que permitiam ocultar os verdadeiros fins que, de outro modo, seriam transparentes nas implementações concretas do feminismo.

b) A ideologia do género afirma a omnipotência do ego em matéria de identidade sexual e nega a própria realidade biológica cujo determinismo é denegado ao ser (falsamente) imputado a convenções tradicionais opressivas das quais urge libertar o indivíduo.

Mais uma vez aqui, as consequências do fim manifesto são o real fim globalista e trans-humanista para o qual as aspirações do ego são convocadas como meios disfarçado de fins.

Essas consequências são a destruição das estruturas antropológicas remanescentes que resistem aos projectos globalistas na sua actual declinação trans-humanista onde o Homem está destinado a desaparecer mediante a desconstrução pragmática das distinções em que se funda.

A distinção homem/mulher é ainda uma distinção interna da estrutura do campo do Homem. À sua destruição (ideologia de género) suceder-se-á a destruição da distinção adulto/criança (normalização da pedofilia). Finda a destruição interna do campo do homem, segue-se a destruição das suas fronteiras externas: a distinção homem/animal (normalização da bestialidade; manipulação genética desumanizante) e a distinção homem/coisa (integração do corpo e cérebro na internet com a promessa de expansão de poder do ego e mas a consequência de controlo externo do mesmo).

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Petrorublos de ouro

 


 

Quem é que está a sofrer com as sanções?

Os Europeus, os Americanos, e a maior parte do resto do mundo estão a sofrer com o aumento dos preços dos combustíveis e da inflação em geral. Estes estavam já em crescendo devido à criação sem precedentes de nova moeda e à detrioração e ao comprometimento deliberados dos sistemas de produção e das cadeias de abastecimento agrícolas, industriais e comerciais — muito disto a pretexto da fabricação pandémica.

Entretanto, o governo Russo fez um autêntico golpe de judo às sanções ditadas pelo establishment anglo-saxónico ao fixar os seus preços do gás em Rublos.

Os Europeus continuam a poder pagar em Euros, mas têm de o fazer através do Gazprombank, que converte esses Euros em Rublos e depois os disponibiliza num mercado interno onde, por exemplo, importadores Russos podem converter os seus Rublos nos Euros de que necessitam para pagar as suas encomendas.

Ou seja, um golpe de judo e dois coelhos de uma cajadada só.

A isto se soma a garantia do Banco Central Russo de comprar ouro aos cidadãos Russos a um preço determinado em Rublos, o que, de uma só penada, ancorou o Rublo ao ouro. O Rublo tornou-se assim a moeda mais robusta e anti-inflacionária do mundo.

Superficialmente, as sanções parecem concebidas para castigar os Russos pela sua "invasão."

Na realidade, as sanções são um instrumento de precisão cirurgicamente manuseado pela oligarquia planetária e pela sua elite globalista e tecnocrática (que são quem realmente controla os media, os políticos e os governos) para enfraquecer a resistência dos povos Europeus e Americanos à instalação em curso da ditadura planetária.

Quanto a Putin, trata-se um Russo e de um agente secreto de carreira. Ele trabalha para vários lados ao mesmo tempo, e boa sorte para quem quiser apurar a hierarquia das suas lealdades [1].

Dito isto, considerando o etnocídio e o genocídio dos russófonos da Ucrânia e o apoio da NATO à facção nazi ucraniana (a não confundir com a generalidade dos ucranianos) que, em parceria com a NATO, controla as forças armadas e o Estado, acho uma boa coisa que o martírio dessas populações na Ucrânia, silenciado pelos media manipulados, esteja a chegar ao fim.

Quanto ao quadro geopolítico global, a obra de demolição da humanidade continua.

 

[1] Nota de 29/05/2022: Desde que escrevi isto, pesa-me o sentimento de ter abreviado, simplificado e distorcido aquilo que posso legitimamente dizer sobre as acções e lealdades de Putin. Com efeito, como as lealdades de Putin não são claras, as suas acções tão pouco são transparentes. Não podemos esquecer que o governo de Putin participou na cabala pandémica e injectiva. Embora não tenha a certeza, julgo que injecção "Sputnik," impingida aos Russos pelo seu governo, também é uma terapia genética com mRNA promotor da proteína-pico (ou "spike"), com deficiências, perigos e ineficácia semelhantes aos das injecções da Pfizer ou da Moderna. Acresce o facto de que, tenha sido ou não um "young global leader" avant la lettre, Putin terá orbitado o Fórum Económico Mundial (FEM) ainda antes de suceder a Yeltsin, e tanto ele quanto o filho-de-um-Nazi Klaus Schwab já celebraram publicamente os seus laços de amizade. Será a Sputnik na verdade um placebo destinado a proteger os Russos enquanto Putin finge obedecer aos desideratos eugenistas dos oligarcas tecnocratas com quem teve de se arranjar para chegar ao poder e o preservar? Terá toda a sua relação com o FEM e com o Schwab sido o trabalho astucioso de um profissional da duplicidade que nunca deixou de ser leal ao seu país? É possível mas improvável. Talvez um exame da sobremortalidade na Rússia em 2021 e em 2022 permita chegar a alguma conclusão nestas matérias.