terça-feira, 8 de novembro de 2022

Metodologia Globalista: da dialéctica à inversão (notas súbitas)

inspiração marxista da subversão globalista e trans-humanista é denunciada pelos seus métodos.

O método do problema-reacção-solução tem sido amplamente comentado.

Trata-se de uma tradução pragmática da dialéctica tese-antítese-síntese que o marxismo recuperou da filosofia de Hegel.

Através das suas grandes corporações, do seu controlo dos media, e dos títeres políticos que executam os seus desideratos, o cartel globalista planetário gera um "problema."

O "problema" suscita uma reacção programada, a qual constitui a justificação para avançar com a "solução."

Esta "solução" é, na realidade, o objectivo inicial que não poderia ser implementado directamente sem revelar as intenções de poder e controlo que o movem.

Há todavia um outro artifício lógico da retórica marxista posto em acção pela pragmática globalista: trata-se da inversão.

A inversão pode ser operada em referência a diferentes eixos de simetria.

Inversão do ónus

Na guerra de informação, é frequente observar-se o agente globalista acusar o adversário de preparar ou cometer um ataque imoral, ilegítimo ou ilegal nos exactos moldes daquele que o agente está a preparar ou já cometeu.

Exemplos:

a) membros da NATO sugerindo que terão sido os Russos a atacar o oleoduto detonado por forças especiais britânicas;

b) os alertas dos EUA e de outros membros da NATO sobre preparações militares Russas nas proximidades do Donbass e a acusação de uma invasão “não provocada” da Ucrânia pelos Russos quando, na realidade, os preparativos militares e a Operação Especial militar dos Russos surgiram após largos anos de bombardeamentos do Donbass por forças militares e paramilitares Ucranianas a soldo dos EUA, e na sequência — e em reacção — a movimentações militares de grande volume do regime Ucraniano nas fronteiras das repúblicas independentistas do Donbass, as quais indiciavam uma invasão iminente.

c) nas eleições presidenciais dos EUA, em 2020, como no Brasil, em 2022, pudémos observar que a facção que perpetrou a “a organização de fraude eleitoral mais extensa e inclusiva da história” (Joe Biden) precedeu a sua operação acusando o adversário da intenção de não reconhecer a sua planeada derrota eleitoral.

Inversão meio/fim e causa/efeito no uso revolucionário das aspirações do ego


Aqui, o meio é apresentado como a finalidade, ao passo que o verdadeiro fim visado se produz como consequência, e fora do radar narrativo, uma vez que o seu real lugar dialéctico foi usurpado pelo meio travestido de fim.

Exemplos:

a) Nos séculos XIX e XX, as preocupações maltusianas dos globalistas face à recomposição e crescimento demográfico das classes populares, o intuito de domesticação da prole das mesmas, afim de produzir trabalhadores mais obedientes e produtivos, assim como o desejo de aumentar a produtividade da população sem uma correspondente expansão demográfica convergiram na promoção do feminismo, operacionalizado concretamente na promoção dos métodos anticoncepcionais, na despenalização do aborto, na liberdade sexual e na entrada das mulheres no mercado de trabalho.

O fim manifesto do feminismo era a igualdade de direitos e oportunidades entre mulheres e homens. Para os globalistas, os valores feministas não passava de meios que permitiam ocultar os verdadeiros fins que, de outro modo, seriam transparentes nas implementações concretas do feminismo.

b) A ideologia do género afirma a omnipotência do ego em matéria de identidade sexual e nega a própria realidade biológica cujo determinismo é denegado ao ser (falsamente) imputado a convenções tradicionais opressivas das quais urge libertar o indivíduo.

Mais uma vez aqui, as consequências do fim manifesto são o real fim globalista e trans-humanista para o qual as aspirações do ego são convocadas como meios disfarçado de fins.

Essas consequências são a destruição das estruturas antropológicas remanescentes que resistem aos projectos globalistas na sua actual declinação trans-humanista onde o Homem está destinado a desaparecer mediante a desconstrução pragmática das distinções em que se funda.

A distinção homem/mulher é ainda uma distinção interna da estrutura do campo do Homem. À sua destruição (ideologia de género) suceder-se-á a destruição da distinção adulto/criança (normalização da pedofilia). Finda a destruição interna do campo do homem, segue-se a destruição das suas fronteiras externas: a distinção homem/animal (normalização da bestialidade; manipulação genética desumanizante) e a distinção homem/coisa (integração do corpo e cérebro na internet com a promessa de expansão de poder do ego e mas a consequência de controlo externo do mesmo).

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