segunda-feira, 20 de novembro de 2023

O Fim do Ouro

Ficamos agora a saber, por este artigo muito interessante, que a razão pela qual Portugal vendeu uma enorme porção do seu ouro numa época (anos 90 e 2000) em que o preço do metal estava deprimido não foi necessariamente a estupidez dos políticos (uma desculpa fácil), mas por obediência destes aos ditames dos arquitectos globalistas do sistema monetário mundial.

Portugal tinha um racio reservas de ouro / PIB demasiado elevado para o gosto dos arquitectos planetários que, segundo este artigo, se preparam para instaurar um padrão-ouro ao nível internacional.

Enquanto que países com grandes reservas venderam uma parte destas, os países com menores reservas face aos seus PIBs terão vindo a discretamente acumular ouro.

A ideia que se depreende da leitura é a de que há a vontade de estabelecer um preço fixo ou condicionado do ouro em cada moeda, provavelmente por intervenção dos bancos centrais no mercado, num primeiro tempo, e, por fim, através do braço legal dos Estados.

Mas, para isso, é necessário equalizar previamente o racio reservas de ouro / PIB de forma a impedir a necessidade ulterior de compras massivas do metal a partir de uma das moedas, o que desvalorizaria a respectiva moeda face às demais e inflaccionaria o preço do ouro. Ora, isso derrotaria o propósito que é precisamente o de estabilizar e, finalmente, imobilizar a relação do ouro com cada uma das moedas e das moedas entre si.

Por outro lado, acrescento eu, diferenças importantes nas reservas de ouro dentro de uniões monetárias, como a UE (e, desde há muito mais tempo, os EUA), poderia levar a tentações secessionistas, tanto monetárias (restabelecimento de moeda nacional) quanto políticas (restauração da independência nacional). Afinal, um país com mais reservas de ouro poderia usar esse valor real (por oposição ao valor factício das moedas fiat) para o desenvolvimento da sua economia e o exercício da sua soberania política.

Naturalmente que os benefícios temporários dos proveitos das vendas de ouro do banco central Português nos anos 90 e 2000 já há muito se dissiparam em caravelas fantasmagóricas de Expos e pueris estádios de futebol. Deram-se uns chupa-chupas e e uns iôiôs aos tolos enquanto se lhes tirava a carteira.

Depois de impor a destruição da indústria, das pescas, enfim, da auto-suficiência e da independência nacionais, o testa de ferro da nova ordem mundial (CEE/UE) mandou dissipar a maior parte das reservas de ouro Portuguesas de forma privar o país de meios que lhe permitissem recuperar a independência.

Infelizmente, a este passado triste junta-se um futuro que suspeito sinistro.

O que os parasitas globalistas pretendem fazer à escala mundial já foi feito e mantido, nos EUA, desde 1933 até 1974 do século passado, período durante o qual esteve vedado, aos cidadãos americanos, a posse de ouro para além de um montante simbólico ou, de forma limitada, para uso ornamental.

Assim que os diferentes bancos centrais harmonizarem os racios de reservas de ouro / PIBs nacionais e/ou federais, poderão — e receio mesmo que o planeiem fazer — decretar um preço fixo do ouro e promulgar um prazo durante o qual os cidadãos privados e demais entidades serão obrigados a vender o seu ouro ao Banco Central por intermédio dos bancos comerciais. No fim desse prazo, a posse de ouro, à excepção de quantidades simbólicas ou destinadas a fins artesanais ou industriais, será ilegal e dará lugar a elevadas penas pecuniárias ou outras.

Embora a fixação do preço de ouro simultaneamente nas varias moedas exerça uma grande pressão no sentido da fixação da convertibilidade cambial entre elas, é possível que esta medida seja acompanhada ou, mais provavelmente, precedida de uma uniformização monetária mundial que, a exemplo do que se passou na formação da Zona Euro, poderá passar pela limitação das faixas de flutuação cambial, num primeiro tempo, e a fixação absoluta do câmbio, num segundo tempo.

Já sabemos dos desideratos de um governo mundial e da introdução das CBDCs (moedas digitais dos bancos centrais), as quais facilitarão todo este processo.

Na verdade, não se trata de um "regresso ao padrão ouro," mas sim da destruição do padrão ouro, uma vez que o ouro desaparecerá das mãos dos cidadãos ou do controlo de Estados independentes dos globalistas, que é o único sítio onde ele pode manter os banqueiros e as suas moedas honestos (ou menos desonestos).

Aquilo que os parasitas globalistas se preparam para fazer, na verdade, é a eliminação definitiva de um dos dois maiores obstáculos ao seu reino totalitário sobre o nosso planeta: o verdadeiro dinheiro, a antiquíssima moeda real que é o ouro.

(O outro inimigo da sinarquia é a vontade humana de liberdade, um inimigo que aquela combate sorrateiramente há séculos e que crê, não sem alguma razão, estar na iminência de derrotar.)

domingo, 18 de junho de 2023

Os bem-pensantes e a maluqueira das redes sociais



Há muita maluqueira nas chamadas redes sociais. Mas não é pela maluqueira propriamente dita que elas têm fama de lixeira cognitiva. Aquilo que realmente atrai o opróbrio dos bem-pensantes é o facto de, juntamente com a maluqueira, e apesar da censura brutal e crescente, as redes sociais permitirem a comunicação de visões da realidade racionais, baseadas em factos, e bem referenciadas, que contradizem frontalmente as narrativas oficiais que, essas, não são nunca sujeitas ao mesmo tipo de crítica.


Quando a maluqueira não está presente, ela é activamente fabricada e injectada nas redes sociais pelos serviços de informação e por outros actores solidários com, e beneficiários da, narrativa oficial, afim de desacreditar as análises e informações intelectualmente robustas que possam fazer perigar a narrativa oficial.


Na minha opinião, os bem-pensantes ingénuos que fazem eco a este ataque falacioso à liberdade de expressão e aos seus produtos válidos, fazem-no porque, precisamente, não têm nem vontade nem coragem para pensar pelas suas próprias cabeças.


A lealdade dos bem-pensantes aos meios de propaganda social nasce do seu desejo de receber e de usar, como se fossem seus, ideias, pensamentos e argumentos validados pelos poderes centrais, com a garantia, implícita mas à prova de bala, de que não serão desafiados na praça publica porque "toda a gente" sabe que é assim.


Quando falamos com um bem pensante sobre uma dessas "verdades públicas," reparamos que a sua atitude se altera subitamente. A sua capacidade para examinar factos e sopesar argumentos desaparece por completo para dar lugar à exasperação e à indignação da vítima de um logro que recusa aceitar que possa ter sido enganado, pois aceitar reconhecer o logro em que caiu implica contemplar as fraquezas e motivações pouco confessáveis que o precipitaram no engano.


Os bem-pensantes ingurgitam com complacência, senão com entusiasmo, todos os conteúdos que corroboram as suas pré-concepções, desde que oriundos de fontes dotadas de prestígio, e que sejam vertidos com a correcção formal, etiqueta e design gráfico que lisonjeiam o seu auto-conceito de sofisticação.


Aliás, as pré-concepções mais estimadas pelos bem-pensantes não têm outra origem senão a de anteriores disseminações miméticas dos meios de propaganda social. São uma espécie de precipitado sedimentar de venenos cognitivos passados.


O que seria dos bem-pensantes sem a cortina de fumo da "maluqueira" das redes sociais a ocultar o espelho da contra-narrativa factual e racional — espelho esse que lhes devolveria a sua imagem real: a de seres cobardes, dependentes, arrogantes, preguiçosos e hipócritas, sempre dispostos a empurrar para o acidente de viação da infâmia quem, com grandes custos pessoais, se ergue contra o o rolo compressor do unanimismo orquestrado pelos poderosos manipuladores da opinião pública.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

O fascismo tornou-se viral


 
O FASCISMO TORNOU-SE VIRAL
Crónicas da fraude pandémica


Durante mais de dois meses, selecionei, revi, e anotei extensivamente o melhor da minha produção escrita (e, pontualmente, oral) sobre o crime pandémico e injectivo.

O meu objectivo era o de produzir um volume que pudesse funcionar como um registo histórico (crónicas), como uma fonte de informações fundamentadas, de referências e de pistas de investigação; e, finalmente, como uma colecção de análises que lance mais luz sobre um empreendimento sinistro que se alimenta precisamente da obscuridade e da mentira.

O material, previamente publicado em diferentes fóruns, beneficia agora de melhorias de forma e de um aparelho de notas que ampliou e actualizou substancialmente as informações e as análises propostas.

Uma missiva inédita fornece a demonstração da inconstitucionalidade da gestão legislativa e administrativa da alegada pandemia, recorrendo unicamente a pronunciamentos oficiais de altas instâncias do Estado português.

O livro conta também com uma introdução que, para além da sua função inerente, cobre matéria nova relativa ao impacto demográfico da injecção da morte, e fornece provas irrefutáveis de que as autoridades portuguesas, estrangeiras e de organismos transnacionais foram amplamente avisadas sobre os enormes perigos das alegadas "vacinas," pelo que não poderão alegar ignorância quando forem confrontadas com os resultados das suas acções.

Decidi empreender o trabalho de publicar este livro porque acredito que vem colmatar um grande vazio e responder a uma importante necessidade em Portugal. À mentira, à propaganda e à manipulação terrorista de Estado, temos de responder, também em Portugal, com mais vozes, e com mais discursos articulados, racionais e fundados em factos.

É o meu voto sincero de que este espaço de debate público venha a ser ocupado em breve por mais e melhores livros.